O conceito e princípios do EGS
Melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês, como são conhecidas internacionalmente) vêm recebendo atenção mundial por estarem associadas a negócios sólidos, baixo custo de capital e melhor resiliência contra riscos associados a clima e sustentabilidade.
Companhias e investidores no Brasil estão finalmente começando a prestar atenção a esse tema, e por boas razões, principalmente após o acidente da Vale em Brumadinho (MG), no início do ano de 2019.
Mas o que isso significa para o ambiente de negócios no Brasil?
Isso não significa, é claro, que os conselheiros das empresas começarão a abraçar árvores ou adotar outros estereótipos ecológicos. ESG é um termo que está sendo cada vez mais utilizado por consultores financeiros, bancos e fundos de investimento para avaliar empresas de acordo com seus impactos e desempenho em três áreas: meio ambiente, sociedade e governança.
Indicadores de sustentabilidade
Por muito tempo, grandes empresas, organizações, governos e investidores consideraram os riscos “G” (governança), com foco em aspectos como contabilidade financeira e relatos de práticas, o papel de liderança do conselho e sua composição, corrupção, éticas de negócios e remuneração de executivos. Porém, na última década, a influência da parte “ES” (ambiental e social) aumentou consideravelmente.
Em complemento ao crescimento no número e na qualidade de questões ambientais e sociais que as empresas têm que reportar, a quantidade de indicadores internos relacionados a governança que também devem ser observados também aumentou.
Em 2018, 85% das companhias listadas no índice S&P 500, da Bolsa de Nova York, produziram alguma forma de relato ESG. Houve também um aumento de requerimentos regulatórios relacionados a tais parâmetros, totalizando mais de 1 mil em 63 países.
Assim sendo, reguladores e mercados de ações também estão respondendo às crescentes demandas de investidores por informações ESG padronizadas associadas a desempenho financeiro.